Melancia (Marian Keyes)

Pessoas! Tudo bem? O ano está quase acabando, e eu não li nada de novo! Quer dizer... Li esse livro Melancia que me emprestaram, mas depois dele nenhuma leitura mais foi para frente por falta de tempo. Por isso, antes que o ano acabe, vim aqui fazer a última resenha do ano! Vamos ler?


Uma visão geral:
Melancia é a história de Claire, que é abandonada pelo marido no dia do nascimento de sua filha. Sem rumo, ela volta para a casa dos pais e tenta aos poucos se recompor da maior tragédia de sua vida e da solidão e insegurança que ser traída por alguém que se ama causa. É contado em primeira pessoa, acompanhando as mudanças de humores e de pensamentos de uma mulher que precisa encontrar o seu próprio valor para voltar a viver.

Um comentário:

O livro Melancia é um livro que traz bastante alerta. A personagem é do tipo que eu não gosto muito, como já comentei em MUITAS resenhas postadas por aqui. É aquele tipo de mulher que só vive pelo homem e não se valoriza nem um pouco. É o tipo de mulher que deixa que o homem faça de TUDO com ela e acredita em qualquer coisa que ele diga. Que não percebe como ele está sendo idiota, mesmo que os outros lhe falem... Enfim!
Mas o livro me trouxe algo novo. Eu vi o outro lado. O lado da mulher que não consegue se valorizar mas não tem culpa disso. Que não faz de propósito. E que precisa de ajuda para entender o valor que ela tem. Porque isso também foi tirado dela em meio a todas as ilusões de um amor perfeito e uma vida maravilhosa a dois. Além disso, trouxe também uma maior compreensão das relações. Que temos que contornar os defeitos do outro, mas sem perder a consciência de quem somos e do valor que temos. É um livro interessante, apesar de ser bem irritante em alguns pontos (pelo fato de a personagem não saber se dar valor). E com certeza seria uma recomendação de leitura para algumas mulheres que, assim como a Claire, precisam aprender a se dar o valor que merecem e não deixar que alguns babacas a tratem como o marido dela tratou.

Algumas citações:

"Se não pudesse enfrentar minha própria vida, não poderia esperar que alguma outra pessoa fosse capaz de fazer isso em meu lugar." Pg. 323

"Minha sensação era de que ele tentara reduzir meu tamanho - até um tamanho que lhe conviesse - ao dizer que eu fora uma pessoa assim.Não gostara da minha auto confiança. Assustara-se com ela. Assim, de uma maneira maldoza e cínica, decidira deixar-me inteiramente abalada, para que eu me tornasse dependente dele.Mas que filho-da-puta."  Pg, 414

Um surto pessoal:

Meu surto pessoal vai para essa última citação que eu coloquei. Aliás, não só para a citação, mas para esse momento do livro em geral. (E só quem ler vai entender do que eu estou falando!) Porque... Esse foi o momento que eu mais enfartei de raiva não só do cara, mas da personagem também. Se bem que pelo menos ela estava começando a melhorar! Mas de qualquer modo, quem ler provavelmente vai entender bem do que eu estou falando. O "Mas que filho-da-puta." eu li com toda a ênfase possível e imaginável em uma leitura. Porque era o que eu mais pensava enquanto lia. E por isso, esse momento é o meu surto de odio no livro todo.