terça-feira, 10 de novembro de 2015

Série Fallen (Lauren Kate)


Prometi que ia ter resenha nova aqui no blog! Ando com as leituras num ritmo bem devagar e sempre, e por isso acabo postando bem menos por aqui... Mas eu fiiinalmente terminei de ler a série Fallen, da Lauren Kate. Entãão.... vamos à resenha!


Uma visão geral:

A serie Fallen, escrita por Lauren Kate, são livros que acompanham a história de amor entre Luce e Daniel, que se conhecem em uma situação diferente: ambos estão no reformatório Sword & Cross. Luce possui algo assustador que a acompanha a vida toda: ela vê sombras, que estão sempre presentes em sua vida desde que era mais nova. E essas sombras compartilham uma lembrança assustadora que a garota está tentando esquecer. E em meio à uma mudança drástica em sua vida, Daniel Grigori entra em sua vida e sua vida fica ainda mais complicada. Em meio à uma batalha entre o bem e o mal, Luce precisa descobrir mais sobre o seu passado e lutar por seu amor com Daniel.

Um comentário:

Já tinha lido o primeiro livro (Fallen) em 2010, quando ganhei de natal. Mais uma vez, fui atraída pela capa, que tem pinturas digitais maravilhosas, que não deixaram margem para que eu não me apaixonasse. Só reli ele esse ano, quando finalmente eu consegui comprar (e ganhar) os outros livros da série, e aí sim pude ter uma impressão geral da história.
A história é um pouco fraquinha. Bastante previsível, e com um amor adolescente que já não me atrai mais. Com anjos caídos, o romance e tudo mais, os livros são bem no estilo da série Hush Hush (que eu já resenhei AQUI).
Falando mais individualmente sobre os livros, posso dizer que o Fallen me atraiu bastante em 2010 (o suficiente para eu engolir ele INTEIRO durante uma madrugada). Agora em 2015, foi um pouco difícil de reler, porque eu achava a personagem principal muito bobinha. O livro tormenta foi ainda mais difícil de ler, por conta de todo o drama adolescente de uma garota que não vive sem o namorado (e não tem independência nenhuma). O paixão acabou me atraindo um pouquinho mais, por conta de toda a viagem no tempo (SPOILER MÍNIMO!) e tal, acabei me interessando um pouquinho mais na leitura. Entre ele e o último livro, li o Apaixonados, que é uma coletânea de contos da série que deve ser lida entre os dois livros, pois tem elementos dos dois livros nele. Esse foi o livro que mais me atraiu e, apesar de ser curtinho (só 180 pags.), ele traz contos muito fofos (além de fugir um pouco do foco Luce, que estava me irritando). O Êxtase eu achei MUITO previsível. Antes de começar a ler o livro eu já tinha previsto o final, e só li ele para ver se ele me surpreenderia (e ele não surpreendeu). E finalmente, li Anjos da Escuridão, que são contos que explicam algumas cenas da série de forma mais detalhada. Bem fraquinho também.
Mas... Acho que para um público mais novo que eu (com os meus 25), esses talvez sejam livros recomendados para um presente. A leitura dele é bem fácil, e acho que esse romance e tudo mais pode agradar alguma menina mais nova (ou não!). Enfim... é difícil eu falar mal de um livro. Mas esse, para mim, só vale pela capa!

Algumas citações:
"Toda vez que alguém falava com Luce como se ela fosse uma total psicopata, a garota acreditava mais um pouco que isso era verdade." Fallen - Pg. 27
"Então devo confiar em mim mesma quando não puder confiar naqueles em volta de mim?" Luce. Fallen - Pg. 392
"Às vezes o amor não tinha a ver com vitórias, mas sim com sábios sacrifícios e apoio de amigos como Ariane. A amizade, percebeu Roland, era em si um tipo especial de amor." Apaixonados - Pg. 102
(*) Não tem citação de todos os livros porque eu não marquei nenhuma em alguns livros... Então, ficaram só essas três! 
Um surto pessoal:

Bom, dessa vez não existe um surto pessoal sobre a história, então sou forçada a falar sobre a capa. Simplesmente amei as pinturas digitais das capas, e gosto muito de tê-las na minha estante (mesmo que a história não tenha valido tanto assim). A ideia de sempre ter desenhos que não mostram o rosto da personagem tem bastante a ver com as minhas próprias criações, então acho que isso fez com que eu me identificasse ainda mais com elas.

Extra:

Quando li esse livro, ainda em 2010, acabei criando todo um universo na minha mente e inevitavelmente uma história se criou (mais uma). Confesso que ela ainda está inacabada (infelizmente), mas quem sabe um dia eu não termino? Um trechinho para vocês:

"A antecipação circulava por aquela sala, acelerando a circulação sanguínea de todos que estavam no local. Algumas conversas baixas podiam ser ouvidas ao fundo, enquanto os ventiladores trabalhavam exaustivamente para manter o ar circulando ali. A sala estava dividida em dois lados, assim como qualquer outro julgamento seria. As pessoas em geral comentavam naquele momento sobre os aspectos que foram apresentados no decorrer daquela sessão, que já estava para terminar.
As acusações apresentadas e evidências demonstradas eram muito fortes, e mesmo que as provas fossem de certa forma flutuantes, era clara a opinião geral. Já fazia muito tempo que todos estavam dentro daquela sala de tribunal, e todos sabiam que os argumentos da defesa eram fracos demais em comparação aos argumentos da acusação. A expectativa estava em seu nível máximo naquele instante, e alguns comentários baixos cortavam o silêncio mortal da sala.
Em um dos bancos da frente, uma garota estava sentada olhando para baixo, sentindo seu corpo tremer. Ela mal conseguia ouvir o que as pessoas comentavam, e sentia seu estômago revirar de nervoso com aquele período de espera que parecia demorar uma eternidade para acabar. Do outro lado, um garoto estava largado em sua cadeira, com os pés apoiados em cima da mesa como se estivesse na sala de sua própria casa, cantarolando uma música qualquer. Seu braço e seu pé esquerdo estavam engessados, mas ele não parecia sentir dor naquele momento, e nem mesmo incômodo por estar em uma cadeira de frente do julgamento.
A garota, de cabelos negros, ergueu a cabeça quando seu advogado lhe disse alguma coisa, e acenou levemente para mostrar que havia entendido. Depois, olhou timidamente para o lado, cruzando o olhar com o garoto que estava sentado ao lado. O rapaz somente sorriu de canto para a garota, provocando-lhe de forma que somente os dois poderiam entender. Abaixando a cabeça para ignorar aquela provocação, a garota ouviu a risada do garoto, que demonstrava todo o deboche que ele tinha por aquela situação.
Repentinamente, a porta da sala se abriu, e uma fila de pessoas entrou em silêncio sentando-se em seus lugares, no júri. Eles haviam tomado a sua decisão final, e agora se sentavam ali novamente para anunciá-la. A sala tornou-se um pouco agitada com a entrada do júri depois de mais de meia hora de espera, e o juiz precisou chamar a atenção duas vezes antes que todos se acalmassem e se calassem. Ambos os jovens que estavam na frente do julgamento foram pedidos para que se levantassem, e ambos ficaram de pé no mesmo instante.
O juiz, um homem de ar sério e justo, observou as atitudes de ambos, e então anunciou: - Vamos à decisão do júri.
A maioria das pessoas da sala ficou de pé para ouvir aquela decisão, que mudaria completamente a vida de quase todos que estavam ali. O juiz, sentado em seu posto mais alto que todos ali, pergunta firmemente: - Sobre a acusação de homicídio, como o júri se pronuncia?
Uma mulher mais velha, que estava na ponta esquerda da fileira de baixo do júri se levantou e, abrindo um papel, anunciou: - O júri não conseguiu chegar a uma conclusão, pela falta de provas concretas.
Um murmúrio pode ser ouvido enquanto as pessoas comentavam aquela decisão do júri, e o juiz continuou com a voz mais alta que todos: - Sobre a acusação de tentativa de homicídio duplo, como o júri se pronuncia?
- O júri declara a ré inocente. – respondeu a mulher ainda lendo o papel, sem demonstrar qualquer sentimento sobre aquelas decisões.
O murmúrio aumenta com essa declaração, e pessoas da defesa se abraçam aliviadas, para logo depois prestarem atenção novamente quando o juiz faz sua última pergunta: - Sobre a acusação de agressão grave, como o júri se pronuncia?
Comprimindo os lábios pela primeira vez, a mulher limpou a garganta e anunciou: - O júri declara a ré culpada.
A garota, que se mantivera de pé durante todo aquele tempo, finalmente caiu na cadeira ao não agüentar mais seu próprio peso para ficar em pé. Seu coração batia tão rápido, que parecia até mesmo que poderia sair de seu corpo a qualquer instante. Seu corpo tremia inteiramente, e ela sentia como se todo o ar daquela sala tivesse sido sugado repentinamente. Perdida em meio da confusão de sua mente, ela mal conseguia raciocinar enquanto o juiz declarava a sua sentença: - A ré está sentenciada a permanecer no reformatório local até que as provas de acusação sejam avaliadas com mais calma pelo júri, e a permanecer lá durante cinco anos pela acusação de agressões. O julgamento está terminado.
Muitas reclamações e lamentos podiam ser ouvidas atrás da garota, onde aqueles que eram próximos de si não conseguiam acreditar em tudo o que acontecera. Do outro lado, as pessoas se cumprimentavam e comemoravam o que haviam conseguido, mesmo que tivessem perdido uma das acusações.
- Com licença excelência, eu gostaria de pedir que a ré ficasse detida até seu encaminhamento ao reformatório, para a segurança de meu cliente e da sociedade em geral. – fala o advogado de acusação, após ter esse pedido dito por um dos homens que estavam atrás do banco deles, e antes que o juiz pudesse se retirar da sala.
- Excelência, eu não acredito que isso seja necessário. A minha cliente ainda mora com os pais, e não poderia ir a lugar algum. – interveio o advogado de defesa, variando o olhar entre o juiz e o outro advogado.
- Eu concordo com você, Sr. Machida. A não ser que a acusação tenha algum motivo realmente forte para manter a ré detida, não irei submetê-la a uma noite dentro de uma cela. – falou o juiz, olhando diretamente para o advogado de acusação.
- A ré agrediu fisicamente não somente o meu cliente, como também muitas outras pessoas naquele dia excelência... – começa o advogado, antes de ser interrompido.
- Não há provas de que minha cliente tenha ferido qualquer outra pessoa naquele dia, excelência, como todos pudemos ver nesse julgamento. – disse o advogado de defesa, interrompendo o outro antes mesmo que ele pudesse terminar.
- Sim, o Sr Machida tem razão. Por favor, Sr. Takeda, não use como argumentos algo que não pôde ser usado neste mesmo tribunal. – falou o juiz parecendo um pouco impaciente.
- Desculpe excelência, eu peço desculpas por minha distração. Então eu quero pedir que ao menos a ré seja monitorada até sua entrada no reformatório, pela segurança de todos. Meu cliente precisa saber que ela não poderá chegar perto dela, para dormir tranqüilo. – argumentou o advogado de defesa, apontando para o garoto que concordava e mostrava seu braço quebrado para o juiz.
- A ré então será monitorada através de um equipamento eletrônico, e eu declaro esse julgamento encerrado. – falou o juiz, tornando aquelas as suas últimas palavras antes de sair da sala deixando instruções aos guardas que estavam ali.
Os guardas, assim que o juiz passara por eles, se encaminham diretamente na direção da garota, fazendo-a se levantar para levarem-na da sala. Antes de ser praticamente arrastada para fora da sala, a garota olhou para trás uma última vez, vendo que o garoto sorria abertamente e lhe provocava, mandando beijos e fazendo tchau. O corpo da menina tremia inteiro enquanto ela era arrastada para fora da sala, mas antes que ela pudesse ser retirada da sala, uma grande confusão de formou.
Os guardas, que antes seguravam a garota, precisaram sair correndo em direção do garoto que abrira o processo, pois um rapaz alto havia lhe dado um soco após pular o portão que separava a mesa de julgamento dos bancos onde aqueles que assistiam estavam. Os guardas rapidamente conseguiram imobilizar o rapaz no chão, já que ele não apresentava nenhuma resistência a eles. Em pouco tempo, um dos guardas saiu arrastando o rapaz pela porta, passando ao lado da garota que agora derramava lágrimas sem conseguir acreditar no que estava acontecendo. Sua vida estava desmoronando, e ela nem mesmo sabia se aquilo tudo era realmente verdade.
A confusão terminou quando o rapaz detido foi levado da sala por alguns policiais, e a garota foi arrastada para uma sala lateral pelos guardas dali. O garoto que fizera as acusações, apesar de ter se assustado com o soco que recebera, estava conversando calmo com todos que o cercavam e limpavam o sangue que escorria de seu nariz. A porta se fechou assim que a garota saiu da sala, e então o julgamento foi oficialmente finalizado."

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