O Nome do Vento (Patrick Rothfuss)

Dando outra paradinha pra uma leitura entre os livros da série do Eragon, li 'O nome do vento', que peguei emprestado com uma amiga. Como terminei a leitura agora a pouquinho e creio que ainda vou demorar para ler os próximos volumes, decidi vir correndo e fazer a postagem por aqui enquanto tudo ainda está fresco na minha cabeça sem esperar a leitura de todos os volumes da série! Então... Vamos lá!

Uma visão geral:

A hospedaria Marco do Percurso é situada em uma pequena cidade e quase não possui clientes, além dos poucos usuais que aparecem para quebrar o silencio do local durante as noites. Kote, o dono da hospedaria parece ser um homem comum, cuidando de seus negócios e atendendo a sua escassa clientela de modo a manter o silencio longe do local ao menos por algumas horas. Mas por trás de sua imagem calma e silenciosa, o hospedeiro esconde uma história de vida fantástica, que concorda contar para um cronista que aparece ali em uma situação inusitada. Em sua história, seu nome é Kvothe, e ele passa de um integrante de trupes a estudante da Universidade e herói. Uma história comovente, cheia de mistérios e acontecimentos marcantes.

Uma citação:

"Quando crianças, raramento pensamos no futuro. Essa inocência nos deixa livres para nos divergirmos como poucos adultos conseguem. O dia em que nos inquietamos é aquele em que deixamos a infância para trás." - pg. 84

Um comentário:

O livro de Patrick Rothfuss é muito bom, apesar de que até a página 84 (a da citação), eu não estava conseguindo ter muito progresso na leitura. Até essa página em específico, apesar de me ater a algumas ações que o livro apresenta, ainda estava achando a história um pouco entediante, e começava a ter dificuldades de me prender à leitura (algo que é um pouco difícil de acontecer). Apesar disso, logo depois dessa citação, algumas coisas novas e muito interessantes começam a acontecer na história, e quando vi, já estava no final do livro.

Gostei bastante da leitura em si, apesar de ter até mesmo pensado em deixar o livro de lado antes da página 84. A história de Kvothe é emocionante, e traz uma realidade de heroismo bastante interessante, desde que ela é contada em toda a sua realidade pelo próprio personagem em uma outra fase de sua vida. Além disso, um certo movimento é criado pelo autor sempre que a história é interrompida pelos acontecimentos da hospedaria, além de acrescentar alguns detalhes importantes para a história em si. Um livro muito bom, e estou louca pela continuação.

Um surto pessoal: (Para depois da leitura - contém spoilers!!!)

O livro é muito interessante, mas o que mais me chamou a atenção entre todas as suas MUITAS páginas, foi o crescimento do Kvothe e a teimosia dele em relação aos seus obstáculos. Mas o meu surto pessoal da vez vai para uma citação, que eu separei pois tem muito a ver com a realidade que eu venho enfrentando no meu trabalho recentemente:

"É difícil sofrer acusações injustas, mas é pior quando quem nos olha com desdém são grosseirões que nunca leram um livro nem viajaram para mais de 30 quilômetros do lugar em que nasceram" - pg. 63

Não vou entrar em detalhes maiores, mas posso dizer com certeza de que essa citação caiu como uma luva para a minha realidade atual e creio que caia na realidade de muita gente, que tem que aguentar a atual ignorância da população. Além disso, creio que muitos dos leitores percebem claramente a ignorância inocente de quem não lê, e de quem procura nas palavras uma fuga desta realidade cansativa em que nos encontramos agora... Por isso, meu surto pessoal vai para esse trecho em específico do livro, que me marcou bastante.